Por Olívia Marques (AAAEN)
para a turma do 8º D
O livro é formado por cinco contos que a Autora destinou a um público jovem. Todos eles primam pela qualidade literária e pelo rigor e beleza da linguagem. Das mensagens sobressai a intenção exemplar.
A “ História da Gata Borralheira” é uma réplica do conto tradicional “A Gata Borralheira” em que a personagem principal cede aos apelos das aparências e da mentira e acaba por pagar com a morte essa veleidade . A moral desta história assenta na sabedoria popular: “Quem tudo quer tudo perde”.
Também no conto “Saga” a personagem para poder perseguir o sonho de ser marinheiro foge num navio, deixando a Terra Natal e a Família. Acaba por vencer na vida, viajar por todo o mundo e enriquecer, mas a saudade da terra e da família não o deixa ser feliz. Escreve à mãe pedindo para ser recebido, mas o pai recusa-lhe o perdão. Afinal o seu sucesso perde todo o significado e ele acaba por morrer cheio de nostalgia, longe da terra e da família onde se enraíza a sua identidade.
Todos os contos de Sophia de Mello privilegiam a supremacia do bem sobre o mal, relatam sentimentos do dia-a-dia como a tristeza, a felicidade, o medo e a saudade, ajudando o leitor a construir a sua personalidade sobre alicerces sólidos.
O Mar é um dos conceitos-chave na criação literária de Sophia de Melo Breyner: "Desde a orla do mar/ Onde tudo começou intacto no primeiro dia de mim".[8] O efeito literário da inspiração no Mar pode se observar em vários poemas, como, por exemplo, "Homens à beira-mar" ou "Mulheres à beira-mar"…
Sophia de Mello foi sempre apaixonada pelo mar porque este representa, para ela, a limpidez, a perfeição e uma forma de se sentir em comunhão com a Natureza.
A temática do mar percorre toda a sua obra, tanto na prosa como na poesia.
Sofia de Melo Breyner Andresen[1] (Porto, 6 de Novembro de 1919 — Lisboa, 2 de Julho de 2004) foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.
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